Leaving my physical body for the astral vehicle I saw the constellations passing by me. A voice said to me, the stars are not there, they are here. I recognized that I had entered Orion’s belt by the stars. The voice told me that the stars, despite being light and vibrations, could be touched. I wanted to play them all. I traveled among the constellations and visualized the priestess’s letter!
É uma tessitura de sons hipnóticos, que criam ambiências musicais diversas, evocando um futuro distópico onde máquinas e homem se confundem, numa crítica ao trans-humanismo (implícita já na ilustração da capa do álbum), e ao seu pressuposto de um melhoramento tecnológico da condição humana, que, na verdade, leva a uma forma de controle tirânica e opressora das primeiras sobre os últimos. O instrumental somado as letras e os vocais marcantes e melódicos criam por vezes atmosferas psicodélicas e progressivas, com excursões em paisagens cinemáticas e extravagantes. Apesar de não abrir mão do rock pesado a banda se apoia numa variedade musical para além de simples categorias, classificações fáceis e gêneros musicais, deixando as portas abertas para gostos mais ecléticos. A música da banda é um templo rico para trilhas sonoras instrumentais que tecem histórias de imagens futuristas. A Space Rovers nascida em 2016, teve seu EP homônimo de estreia lançado apenas em 2018; e agora com seu primeiro álbum I’d Rather Be Human, mostra-se numa constante evolução, dando continuidade ao seu trabalho inicial, mas mostrando uma paleta sonora mais ampla que o complementa sem, contudo, perder sua identidade musical. A Space Rovers entrou no Estúdio do Canal em Salvador (Brasil) para trabalhar com o produtor Vicente Fonseca, dirigindo este álbum que é uma expressão de amadurecimento e expansividade musical.
Pedro Alvim
Comes With the Wind mostra a banda se aventurando num território mais comum ao rock clássico. A musica é estruturada a partir de um riff simples de hard rock seguido por um tema de guitarra que antecipa a entrada da voz. Já no refrão as guitarras costuram uma base rítmica com uma sonoridade mais moderna o que mostra que a banda não se preocupa em soar meramente retrô, explorando sonoridades mais modernas e levemente dissonantes num território mais tradicional. A música acaba numa longa progressão de acordes que serve de base para um dueto entre guitarra e voz, terminando com uma frase que lembra uma paródia ao hit do Kinks You Really Got Me
No seu primeiro trabalho, o EP homônimo Space Rovers lançado em 2018 pelo selo trinca de discos de Salvador, Bahia o grupo se apresenta explorando fortemente um espectro bem amplo de referências e sonoridades que vão desde o Proto-Metal ao Stoner Psych ao Doom e até mesmo um pouco de Folk (Agharta). O quinteto brasileiro joga um pouco de stoner, psychedelia, blues e hard rock com um montão de groove, e em um grande caldeirão e serve-o quente e derretido!
In their first work, the eponymous EP Space Rovers released in 2018 by the label Trinca records of Salvador, Bahia the group presents itself strongly exploring a wide spectrum of references and sounds ranging from Proto-Metal to StonerPsych to Doom and even a little Folk (Agharta). The Brazilian quintet puts a bit of stoner, psychedelia, blues and hard rock with a heap of groove in a big cauldron and serves it warm and melted!
Pedro Alvim – Jorge Barros
